Como contratar MESO objetivo de uma indústria é atender determinadas necessidades do mercado através de um produto, logo, sua principal atividade é a produção. Apesar de vivermos, atualmente, na era da informação, e presenciarmos muitas inovações na área industrial nas últimas décadas, ainda são raros os casos de indústrias que fazem uma gestão completa que abrange seu processo produtivo – que é a razão de ser da indústria. As empresas fizeram altos investimentos em gestão para abranger áreas e processos administrativos, por exemplo, implantando ERP e outros softwares de gestão. Porém, a produção ainda é gerida de forma intuitiva desintegrada dos demais softwares de gestão da empresa. O fato de a gestão da empresa não abranger o chão de fábrica faz com que a empresa não possua informações do que está sendo produzido e, por consequência, perde dinheiro por não apurar as perdas na produção, tempo de parada de máquinas, manutenção, prazos etc. É justamente para suprir essa necessidade e incluir as atividades produtivas dentro do processo de gestão da empresa, de modo a fornecer uma visão mais apurada para tomada de decisão, que surgiu o MES. Por tratar-se de uma solução ainda em ascensão no mercado, muitas indústrias ainda não tem conhecimento do impacto que um MES pode causar em sua produtividade, e não sabe como iniciar nesse mundo. Pensando nisso, elencamos uma série de etapas no processo de identificação, escolha, avaliação e contratação de um software MES, para apoiar as indústrias que tem interesse em efetuar uma gestão sistêmica da produção.

1- Levantar as necessidades da produção

O primeiro passo foi dado, e a indústria sabe que precisa ter um maior controle da produtividade e lançar as informações no ERP para que a gestão seja plena. O primeiro pensamento do gestor/responsável por efetuar esse controle é desenvolver procedimentos manuais, que envolvem papel e caneta. Em um caso um pouco mais intermediário, esse gestor vai desenvolver, ou buscar pronta, uma planilha Excel para realizar o controle. Qualquer uma dessas medidas acarretará problemas no longo prazo, pois além do risco de falhas humanas, ainda existem pontos negativos, como falta de confiabilidade dos dados e desmotivação das pessoas que executarão as tarefas. Portanto, independente do tamanho da indústria, é essencial que a produção seja controlada de forma profissional e automatizada, através de uma solução disponível no mercado, que é o MES.

2- Avaliar o software MES

Mesmo que a indústria opte por fazer o controle manual, vai chegar o momento em que ela identificará que o método é inviável, e apenas um MES é capaz de atendê-la. Quando isso ocorre, chega a hora de avaliar o que o mercado oferece nesse sentido. Na hora de avaliar um sistema MES, dois fatores devem ser rigorosamente considerados:

– Coleta de dados

Sem dados precisos e em tempo hábil todo o processo de gerenciamento será prejudicado, a coleta dados é um fator fundamental na escolha de um sistema MES, então a primeira pergunta a se fazer para um fornecedor de MES é:

Como é feita a coleta de dados?

É de forma manual? As informações precisam ser lançadas em outro momento em um computador? As informações são lançadas em um computador no meio da produção? Isso pode significar que a solução é incompleta e os mesmos problemas com relação a coleta totalmente manual podem acontecer.

Quando o fornecedor dispõe de coletores, é importante avaliar a qualidade dos equipamentos, praticidade no uso, robustez para aguentar o dia-a-dia, etc. É muito importante avaliar se a introdução dos coletores não atrapalhará no chão de fábrica, por isso, um dos requisitos é avaliar o uso de coletores que enviam os dados usando rede sem fio.

– Exibição das informações A segunda pergunta a fazer:

Como as informações são exibidas ou disponibilizadas?

Se as informações não são disponibilizadas em tempo real, a solução possui uma falha que irá comprometer a utilização. O MES deve oferecer um tempo de resposta, por exemplo, abaixo de 5 segundos para que a informação seja disponibilizada a tempo de tomar uma decisão. Um dos exemplos dessa necessidade é a solução exibir as informações através de displays dispostos no chão de fábrica, ou na área de manutenção para atendimento urgente de paradas, ou ainda no setor de PCP caso falte matéria prima. Um outro diferencial é o fato do MES ser web-based e permitir que as informações sejam acessadas através de dispositivos como tablets e smartphones, o que aumenta a mobilidade e acessibilidade das informações.

3- Avaliar a aderência da solução

Após realizar a principal triagem, que é a etapa 2, é hora de avaliar se o MES é aderente à necessidade da indústria. Isso envolve atender os diferentes tamanhos e localidades de plantas. Diferentes segmentos de indústrias demandam diferentes características, e é essencial que a solução MES permita ser customizada para adaptar-se a necessidades específicas da indústria. Não menos importante é avaliar a possibilidade de integração do MES com o ERP da empresa, pois os sistemas devem trabalhar integrados para que a gestão seja completa.

4- Avaliar o custo/benefício da solução

Uma solução que foi aprovada nas etapas anteriores já está bem cotada, mas não basta ser completa e aderente para ser considerada a ideal para sua indústria – ela precisa ser viável. Na hora de balancear o custo/benefício, é preciso avaliar se o preço do MES está adequando ao que ele oferece e, mais do que isso, o valor que sua indústria obterá ao fazer a aquisição. Estamos falando aqui de ROI (retorno de investimento), que é um fator que deve ser levado em conta e calculado para estimar quando os benefícios do MES retornarão o dinheiro investido no projeto. A flexibilidade oferecida pelo fornecedor na hora da aquisição do MES pode contribuir para esse ROI.

5- Conhecer a solução em produção (estudo de caso)

Uma etapa que não pode ser pulada durante a avaliação do MES é conhecê-lo em produção, em uma indústria de verdade. É recomendado visitar plantas e conversar com profissionais que já adotaram MES e estão usufruindo. Além de possibilitar a avaliação do produto e conferir na prática os benefícios, ainda é possível obter algumas boas práticas de mercado ao fazer benchmark com outra indústria.

6- Realizar um projeto piloto

É quase impossível fazer a aquisição de um projeto completo de MES sem antes realizar um projeto piloto. É possível realizar um período de avaliação de 1 a 3 meses com o MES já em produção em parte da sua planta para familializar-se e ver na prática os primeiros resultados obtidos. É a partir do projeto piloto que a indústria decidirá o tamanho do projeto inicial e os prazos para evoluí-lo para que ele abranja toda a indústria um dia, se for o caso.

Dica adicional: Começar pequeno

Mesmo após decidir pela solução, é importante que o projeto de MES seja incremental, com marcos para escalar o projeto. Realizar um investimento pesado de uma só vez pode impossibilitar que toda a solução seja implantada e obtenha a aceitação de todos os envolvidos. Falaremos mais sobre como ter mais sucesso e extrair o máximo de um MES aqui no blog. Compartilhe suas dúvidas na área de comentários e continue acompanhando nossos artigos.

MES na Prática

 

Se você quiser saber mais sobre MES faça o download do e-Book MES na Prática.

 clique aqui.