Quando se fala em “fazer o piloto”, é claro que está se referindo a executar uma avaliação, um teste e definir se é viável a utilização. Ah, é claro, isso vale para aviões também, mas não é caso. O Henrique Ceotto, que é sócio da McKinsey & Company em Belo Horizonte, escreveu um artigo recentemente (inclusive o título desse artigo foi baseado no artigo dele)  sobre a realização de piloto para avaliação das ferramentas disponíveis para a indústria 4.0 e tem muito a ver como a forma que propomos aos nossos clientes avaliar o Kite MES, por isso vou reproduzir aqui o artigo e comentar como alguns tópicos e o relacionamento com o Kite MES.

Vamos ao que disse o Henrique.

O CEO brasileiro é o que carrega a maior responsabilidade em liderar sua organização no caminho da digitalização. Em uma pesquisa recente da McKinsey, 43% dos executivos confirmaram que o C-level é quem deve ser responsável pela estratégia 4.0 da companhia – o dobro da média global.

A pressão vem principalmente pela baixa produtividade brasileira, 70% menor que a de países como Japão, Estados Unidos e Alemanha. A lacuna continua a aumentar, pois nossa produtividade cresce somente a metade da velocidade desses países.

Comentário: Já falei muito sobre a baixa produtividade da indústria brasileira em vários artigos, mas como também já disse tem solução.

Dois terços das empresas testaram ou estão testando soluções digitais como internet das coisas; métodos estatísticos avançados (‘advanced analytics’), para manutenção preditiva e previsão de demanda; e automação, que vai desde o uso de robôs a veículos autônomos. Apesar da onda de interesse sobre o tema, os executivos não estão conseguindo tirar total proveito das tecnologias que tornam suas indústrias mais competitivas.

Poucas transformações digitais decolam com sucesso. O mesmo estudo mostra que quase 70% das empresas que iniciaram pilotos estão lutando para seguir em frente e entregar um impacto sustentável em escala. Soluções que poderiam criar uma verdadeira vantagem competitiva acabam perdidas na selva tecnológica. Isso mostra que o estímulo de começar a elaborar soluções nem sempre se traduz nas implantações necessárias para gerar impacto no negócio.

Comentário: Vejam que as empresas tentam iniciar um processo de digitalização, mas na maioria das vezes fracassam. Por quê?

É comum que a equipe executiva se sinta confusa sobre como navegar por essas quatro áreas. O resultado, na maioria das vezes, são soluções que não proporcionam a melhoria esperada de produtividade, custo, qualidade ou confiabilidade.

Para ter sucesso na Indústria 4.0 e fazer isso em escala, não basta se apegar somente à tecnologia. É preciso uma transformação completa, passando pela estratégia de negócios, cultura organizacional, capacitação da liderança e funcionários, além das soluções de tecnologia.

Acima de tudo, acreditamos que o futuro prometido pela Indústria 4.0 será impulsionado pelo fator humano. Nenhuma tecnologia alcança resultado sozinha. As soluções avançadas geralmente falham não por produzirem resultados falhos, mas porque a força de trabalho não entende ou confia nesses resultados.

Comentário: Tenho colocado o fator humano como fundamental na digitalização da produção, não só nos artigos, mas também nos e-books que disponibilizamos.

O valor surge a partir da combinação das ferramentas e das pessoas que as utilizam. Por exemplo, se você é uma indústria de transformação e seus engenheiros de processo não entendem como métodos de estatística avançada funcionam (e/ou não foram diretamente envolvidos no desenvolvimento e implantação dos modelos), é muito provável que o impacto esperado não será entregue.

No Brasil e no mundo, vemos empresas com muito sucesso em suas transformações digitais. O segredo: concentre-se no impacto financeiro. O resultado de negócio raramente estará somente em uma solução de tecnologia, envolvendo também o refinamento de processos existentes, uma mudança na mentalidade da liderança e da organização e na capacitação das equipes que trabalharão com essas tecnologias.

Saber o que priorizar é fundamental.

Comentário final: Nós da Kite incentivamos nossos clientes antes da utilização do Kite MES a avaliarem por 2 meses sem custo a ferramenta, mas não é só isso, acompanhamos durante os dois meses a utilização, os resultados, a interação entre as equipes, as melhorias que já ocorreram, enfim, não é só um piloto do sistema, mas de tudo que é afetado durante a avaliação e, é claro, esse trabalho continua depois que o cliente inicia um contrato definitivo. Dúvida? Faz um piloto do Kite MES e veja a resposta na sua empresa.

Quem quiser ler o artigo do Henrique, o link é https://braziljournal.com/industria-40-como-fazer-o-piloto-sem-cair-no-purgatorio