Como a definição do tempo padrão pode e vai influenciar no cálculo do OEE?
O OEE é um índice que para ser calculado utiliza outros 3 índices (como já falamos em outros artigos e no e-Book “OEE na Prática”) que são disponibilidade, desempenho e qualidade.
Mas uma coisa que é básica para calcular o OEE é a definição do tempo padrão, ou seja, o tempo que se define como ideal que uma determinada máquina em conjunto com um operador necessitam para executar um determinado processo ou fabricar um produto.
Mas qual a relação com o cálculo do OEE? É o que vamos analisar…
O tempo padrão é, normalmente, definido pela engenharia de produção como o tempo necessário que uma máquina com um operador necessitam para executar um processo na fabricação de um produto.
Vamos analisar um exemplo:
Temos uma furadeira na produção que executa operações de furo (é óbvio) de vários tamanhos (também óbvio) em vários produtos e é operada por um operador (quanta obviedade).
A equipe de engenharia irá medir o tempo necessário (o ideal) para executar essa operação em cada produto fabricado. Como podem ser vários operadores e várias máquinas, existirão diferenças que devem ser consideradas e ao final da análise a engenharia determinará qual o tempo para cada produto.
Esse tempo teórico e ideal é o tempo que se deseja que a máquina, e em último caso toda a produção, execute a operação. Sem atrasos, sem falhas, sem perdas. Esse é o tempo padrão.
Ou seja, o tempo padrão é a referência, a meta a ser atingida pela produção.
Como nem tudo são flores, haverá problemas e aí entra o índice de OEE. Podemos dizer que se tudo estiver de acordo com a engenharia e todas as máquinas e operadores produzirem de acordo com o tempo padrão o OEE será 100%.
A importância do tempo padrão é maior ainda, porque o departamento financeiro irá utilizar esse índice para calcular o custo de produção. É claro que esse custo será o custo ideal mas irá balizar a formação de preços da empresa.
O que significa que um OEE baixo está diretamente ligado a um aumento de custo grande da produção. Uma saída seria aumentar o tempo padrão, aumentar o custo e aumentar o preço final do produto. Infelizmente isso acaba acontecendo, mas não é a solução porque aumentar o preço significa perder mercado, significa dar espaço para a concorrência.
O melhor é aumentar a eficiência, a produtividade, e quando for possível reduzir o tempo padrão. Isso diminuirá o custo de produção e aumentará a produtividade da empresa, além da margem do preço final.
O desempenho é a relação entre o tempo de fato que se leva para produzir um determinado produto, ou executar um processo, e o tempo padrão definido pela engenharia.
| O coletor Kite MES mede o sinal de produção da máquina ou da linha de produção a cada processo finalizado e envia essa informação para o sistema Kite MES. Essa informação é comparada com o tempo padrão e é a base para o cálculo do desempenho. Outra função desse sinal é informar se a máquina está em produção, após um determinado tempo sem receber o pulso de produção o coletor Kite MES questiona o operador sobre o “Motivo da Parada” , ou seja, a causa da indisponibilidade. |
Olá, Caique! Otimo conteúdo. Ademais gostaria de ouvir sua opinião a respeito de um ponto em especial.
Tendo em vista que o Tempo Padrão já possui uma tolerância para Necessidade Pessoais em seu calculo, de forma a majorar o resultado final, e o OEE também leva tal questão em consideração sendo a necessidade pessoal uma para programada. Neste sentido para cálculos de capacidade por exemplo as Necessidades Pessoais não estaria sendo considerada duas vezes?
Olá Lucas, tudo bem? Como a necessidade pessoal é uma parada programada, como você disse, não irá influenciar no OEE porque o OEE só considera as paradas não programas excluindo do cálculo todas as paradas programadas.
Obrigado por visitar nosso site.
Abraços,
Caique.