Indústria de Caminhões
Em 2012, vimos uma das indústrias mais fortes do Brasil sofrer um baque que deixou todo mundo preocupado. Após quase 1 ano de tempos difíceis, a indústria brasileira de caminhões tomou fôlego no final do ano passado e promete voltar a crescer em 2013, o que é bom para todos – os funcionários voltam ao trabalho, o chão de fábrica retoma a produção, as vendas aumentam e aquece a economia de toda a cadeia envolvida.

As vendas, que caíram ao longo de 2012, voltam a subir e são impulsionadas, principalmente, pelo aumento na demanda por transportes rodoviários no ano de 2013.

No ano passado, nós fizemos um especial de posts sobre a indústria automotiva brasileira, iniciando pela história. Pois bem, contaremos um pouquinho na indústria de caminhões no Brasil:

Ford F600Assim como a indústria automotiva, a indústria de caminhões teve inicio no Brasil com incentivo do governo da época de Juscelino Kubitschek. Isso ocorreu na década de 50 e o primeiro modelo de caminhão montado no Brasil foi o Ford-F600, sucesso de vendas na época e que ainda pode ser encontrado como relíquia em alguma feira de exposição, ou até mesmo operando em alguma fazenda pelo país.

O mercado brasileiro brilhou nos olhos de muitas montadoras de caminhões, algumas que se estabeleceram logo no início, outras que não tiveram tanto sucesso e já não atuam mais no país. De 1957 à 2004, foram fabricados 1.347.447 caminhões no Brasil (dados da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

Entre as montadoras destaque no país, podemos citar Agrale, Iveco, Mercedes-Benz, Scania, Volkswagen (Chrysler), Volvo – enfim, marcas poderosíssimas que se estabeleceram no país entre os anos 50 e 80, algumas através de aquisições de outras montadoras que já estavam no país, outras que saíram e voltaram anos depois. Destacamos a Ford, pioneira na produção de automóveis no país e que não foi diferente com caminhões, que começou a montá-los em 1957.

A indústria de caminhões é tão expressiva para o país que, no início do milênio, chegou a representar 11% do PIB industrial, com faturamento de 1.8bi de dólares. Não é a toa que o enfraquecimento da indústria de caminhões em 2012 impactou diretamente em todo o setor industrial do país.

Assim como a indústria automotiva, a indústria de caminhões envolve uma grande cadeia de empresas, que vai das concessionárias aos extratores de minérios, passando por montadoras, fornecedores de insumos, indústrias de autopeças, desenvolvedores de tecnologia, entre outros. O que difere uma indústria da outra é que, no caso dos automóveis, as vendas são puxadas pelos clientes finais que irão consumir o “produto”; já a indústria de caminhões tem envolve outros processos, como demonstramos abaixo:

Cadeia da indústria automotiva
Cadeia Indústria Automotiva

Cadeia da indústria de caminhões
Cadeia Indústria de Caminhões

Vemos então que o processo da indústria de caminhões envolve setores com grande expressão no país: transporte, logística e comércio (varejo e atacado) – cada um deles com grandes empresas e faturamento muito significativo. Dada à complexidade logística, o vasto território, a diversidade produtiva nas diferentes regiões e o número de rodovias do país, os caminhões exercem um papel fundamental para que o consumidor final tenha todos os produtos de que necessita no supermercado mais próximo, ou até mesmo os receba em casa quando comprado em e-commerce.

Assim como a complexidade dos processos que envolvem o mercado brasileiro de caminhões, a produção não é diferente. A indústria de caminhões é uma das mais complexas, dada a quantidade de peças, variedade de fornecedores e a demanda por engenharia e qualidade que precisam entregar produtos que suportem transportar dezenas e toneladas através de milhares de quilômetros.

Frota de CaminhõesA venda em volume para atender frotas de transportadoras e empresas também contribue para a complexidade na produção, uma vez que o número de pedidos é menor, porém cada pedido com um volume de produtos muito superior, e maiores impactos quando existe algum problema ou atraso na entrega, que podem impactar na perda de um contrato milionário.

Acreditamos que um sistema MES é algo fundamental no chão de fábrica de uma indústria de caminhões, uma vez que toda essa produção complexa precisa ser gerida em tempo real, de forma a aumentar a produtividade e minimizar os problemas relacionados à entrega de produtos, qualidade, refugos, parada de máquinas, manutenção, entre outros aspectos que fazem parte da rotina de uma indústria de caminhões.

Para saber mais sobre como o Kite MES pode ajudar uma indústria de caminhões, inscreva-se em nosso próximo evento.