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A essa altura você já deve ter ouvido falar sobre IoT (Internet das Coisas em tradução direta), se não for o seu caso aqui tem uma matéria interessante. Como quase tudo em tecnologia, IoT é também uma moda e não tem uma definição específica (leia o artigo). Mas o que quero apresentar é um sub produto do IoT: o IIoT, ou Industrial IoT (Internet das Coisas na Indústria, o qualquer coisa parecida com isso).

A questão é: é possível gerenciar, hoje, o chão de fábrica sem que “as coisas” estejam conectadas e fornecendo/trocando informação? Vale lembrar que para IoT “coisas” podem ser, além de máquinas, animais, pessoas ou objetos.

De tempos em tempos surgem siglas para diferenciar quem conhece de quem não ouviu falar ainda, é o caso de IIoT.

É claro que vários equipamentos produzidos daqui pra frente terão um endereço de IP e poderão portanto estar conectados a internet, mas é claro também que não serão todas as “coisas” terão um dispositivo (device) com IP, simplesmente porque isso não faz nenhum sentido. É nessa hora que surgem os especialistas (ou gurus) com as ideias de como será o futuro com tudo conectado e tal, mas essas previsões acabam nunca se concretizando.

Cadê os carros que voam do Jetsons? O veículo do futuro é a… bicicleta.

Porém em algumas situações a possibilidade de estar conectado é fundamental, é o caso do chão de fábrica. E existem algumas razões para isso:

  • Chão de fábrica tem muita informação disponível, mas difícil de ser coletada para análise
  • Os gestores do chão de fábrica, que tem a visão macro da empresa, não estão no chão de fábrica. Ficam nos escritórios onde é impossível saber o que esta acontecendo com as máquinas e os operadores em tempo real.
  • Máquinas e operadores falham e as falhas levam a paradas que geram uma ação em cadeia que pode comprometer os prazos e os lucros.
  • O chão de fábrica de cada fábrica é único e por isso é difícil padronizar os processos. E melhor conhecer a produção e fazer a gestão do dia a dia ajustando os processo.

Tem mais razões, mas o importante e saber que a internet no chão de fábrica traz vantagens de gestão claras e de retorno rápido. Poderíamos até criar uma nova sigla: Internet da Máquinas e Operadores Industriais ou IoOIM (Internet of Operators and Industrial Machines) . Mas não precisa, já tem sigla demais.

acquadat-202x300Nós aqui na Kite já fazemos internet das coisas no chão de fábrica desde que desenvolvemos o Kite MES (e olha que MES já é uma sigla que muita gente ainda não conhece) a quase 10 anos. Os coletores Kite MES são instalados em cada máquina e controlam a produtividade da máquina e do operador, além da qualidade, manutenção, etc. e toda essa informação é enviada por uma rede sem fio ZigBee (esqueça esse nome, o importante é que funciona) a um equipamento que chamamos de coordenador e esse é conectado na rede corporativa e daí as informações estão disponíveis em todos os computadores (ou tablets, ou smartphones, ou…) ligados na rede é daí pro mundo, pra internet…

 

 

Enfim, tem mais uma sigla por aí, mas no fundo é uma coisa que você já sabia.