Uma matéria publicada no Estadão com o título “Por que a indústria 4.0 pode estar longe do seu negócio?” mostrou os dados de uma pesquisa feita pela CNI diz que:

“…dos 24 setores industriais brasileiros, mais da metade (14, incluindo o de vestuário e têxtil) está bastante atrasada em relação à adoção de tecnologias digitais. O estudo constatou ainda que esses setores correm riscos de se tornarem tão ineficientes a ponto de serem excluídos da chamada quarta revolução industrial – que será baseada na digitalização e robotização das fábricas e dos processos produtivos para aumentar a eficiência”.

A pesquisa mostrou que um dos grandes problemas está na Gestão de Pessoas e Processos:

“Um problema que poderia ser o centro de tudo, porém, é precedido de alguns pontos mais críticos como a revisão dos processos e a mudança de cultura das pessoas. Sem melhorar ou adaptar os processos do seu negócio aos desafios atuais da economia, a produtividade fatalmente estará comprometida. E assim, no máximo, os problemas reais basicamente podem ser migrados para o mundo virtual, potencializando ainda mais os obstáculos para o crescimento.”

Mesmo antes do termo Indústria 4.0 virar referência em várias publicações já alertávamos aqui da necessidade de se inciar o processo de mudança aos poucos. A digitalização do chão de fábrica não é um processo simples e só investimento em sistemas e equipamentos pode dar (e invariavelmente dá) em nada, ou melhor dá em prejuízo. Aí aquilo que era para ajudar acaba atrapalhando e perdendo a credibilidade de quem de fato põe a mão na massa, que são os operadores.

O processo de aproximação das pessoas no chão de fábrica a um novo processo de produção digitalizado é gradual e merece a máxima atenção.

A matéria do Estadão conclui:

“Portanto, para quem almeja chegar lá é preciso diagnosticar a situação real da empresa, descobrir o que está bom, o que precisa melhorar ou simplesmente o que está errado, arrumando assim os seus processos de negócios. E tudo isso precisa ser feito com um único foco: o aumento da lucratividade.”

Ao invés de aumento da lucratividade eu prefiro aumento da produtividade, que em última instância levará ao aumento da lucratividade, seja como for a evolução para a Indústria 4.0 vai muito além da compra de robôs, computadores, sensores sem fio ou servidores nas nuvens. É um processo sem uma receita pronta, cada indústria vai encontrar o seu melhor caminho, caminhando.

Em breve vou publicar um artigo para o Kite MES em Ação para mostrar como a digitalização do chão de fábrica é feita com o Kite MES de uma forma simples e intuítiva, inclusive apresentando exemplos e como nossa experiência tem ajudado nossos clientes nesse empreitada.