A melhoria contínua é uma filosofia que vem cada vez mais sendo estimulada nos ambientes corporativos e industriais. É por meio dela que metodologias e ferramentas empresariais que buscam a excelência de desempenho são desenvolvidas e que novos patamares da qualidade são alcançados.

Algumas das formas mais eficazes de aplica-la em um processo fabril ou administrativo partem de eventos Kaizen e de projetos de melhoria efetuados conforme o Ciclo PDCA ou a Metodologia DMAIC. Contudo, sabemos que para garantir que estes novos desempenhos conquistados sejam diariamente atingidos, algumas outras técnicas e ferramentas precisam ser também aplicadas, não é verdade?

Portanto, neste artigo, você irá entender a importância de avaliar no respectivo processo onde o projeto de melhoria contemplou a aplicação de ferramentas que visam manter os ganhos conquistados, como: o Poka-Yoke, o Controle Estatístico de Processos (CEP) e o Procedimento Operacional Padrão (POP), por exemplo.

Dispositivos Poka-Yoke: onde eles entram e como podem ajudar?

Os dispositivos Poka-Yoke servem para prevenir ou ao menos detectar a ocorrência de erros no processo, impedindo o surgimento de defeitos e garantindo assim que produtos defeituosos não sejam fabricados. Eles costumam ser implantados ao final de um projeto de melhoria para auxiliar a correta execução das novas tarefas e atividades revisadas de maneira que o novo desempenho alcançado seja inevitável.

Com esta versatilidade de aplicação, o processo compreendido pelo projeto de melhoria conquista maior confiabilidade e controle e, portanto, garante a produção constante de produtos uniformes sem defeitos. Para implantar o Poka-Yoke, existem dois modelos disponíveis: o de prevenção – a primeira opção que visa eliminar o erro, e o de detecção – que objetiva controlar ou advertir o processo por meio do surgimento do erro.

Controle Estatístico de Processos (CEP): como controlar o processo envolvido?

O Controle Estatístico de Processos (CEP) é uma ferramenta que visa garantir a estabilidade do processo, de forma que os produtos produzidos estejam sempre dentro dos limites de tolerância estipulados. Trata-se de uma excelente alternativa para assegurar que o processo que teve seu desempenho elevado seja sucessivamente respeitado.

Por meio de cartas de controle – sejam elas por atributos ou variáveis, o processo tem seu comportamento revelado, e com base nestas informações, seus próprios operários podem então ser treinados para atuar sobre ele de forma que a ocorrência de desvios fora dos limites de controle seja combatida de modo preventivo e eficaz.

Outro ponto interessante no emprego do CEP são seus indicadores de capacidade: o CP e o CPK. Enquanto que o CP mede a capacidade potencial, o CPK mede a capacidade real de o processo funcionar de maneira estável e conforme. Com eles, cada melhoria efetuada pode assim ser dimensionada e comprovada.

Procedimento Operacional Padrão (POP): por que a revisão é importante?

E por fim, o Procedimento Operacional Padrão (POP): um documento que como seu próprio nome indica, possui como finalidade permitir que o processo seja operado de modo padronizado e previsível. É somente desta maneira que os ganhos gerados com a implantação de melhorias são conhecidos, e por sua vez, o novo processo estabilizado.

Quando um projeto de melhoria termina sua fase de desenvolvimento, algumas mudanças mesmo que pequenas foram realizadas no processo contemplado, correto? Então, é para assegurar que elas sejam novamente atendidas que a revisão do respectivo procedimento operacional se mostra indispensável.

Educação e Treinamento: o elo fundamental para manter o novo desempenho alcançado!

Como vimos até aqui, as 3 principais ferramentas empregadas para controlar o novo desempenho de um processo conquistado através de um projeto de melhoria são muito importantes. Porém, elas não devem necessariamente ser implantadas em conjunto em todas as ocasiões. Afinal de contas, cabe aos colaboradores que desenvolveram o projeto avaliarem quais delas são realmente vitais e oportunas para uso e implantação.

De qualquer forma, uma coisa é clara: em toda etapa de finalização de um projeto de melhoria a realização de um adequado treinamento de todos os funcionários envolvidos no processo revisado tendo como base a própria revisão de seu procedimento operacional é fundamental, já que é somente com processos padronizados que melhorias podem ser desenvolvidas e novos desempenhos constantemente alcançados!

Grande abraço,

Vinícius Silva